quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Tão longe...


Por que será que existe o afastamento? Isso é doloroso principalmente quando envolve pessoas, e coisas que gostamos, e lutamos muito para conseguir. O afastamento nesse caso, parece água que escorre por entre os dedos. Digo isso, pois o bem mais precioso que possuo na vida, anda longe. Já havia passado por diversos afastamentos, mas nada tão dolorido como acontece agora. Às vezes o afastamento é necessário, pois precisamos de tempo, necessitamos de ar para respirar, olhar outras coisas, enxergar outras possibilidades. Mas não é isso o que ocorre, não quero nada disso, quero apenas você. Não acordo mais de madrugada, e isso não é bom. Louco? De jeito nenhum, se nossos motivos forem os mesmos. Raspava as mãozinhas na roupa de cama, como se dissesse: "Papai está na hora, cadê meu leitinho?". Olhava por cima da grade, e lá estava você meio que aguardando meu olhar. E agora? Onde eu durmo, no lugar do bercinho há apenas um imenso vazio. De repente, tudo ficou tão vazio, tão oco, tão chato, tão sem sentido. Sei que vou voltar para casa e ela não estará deitadinha no edredom pronta para uma brincadeira, um cheirinho, uma coceguinha, um sorrisinho gostoso que provoque um solucinho mais gostoso ainda. Soluçando ando eu ultimamente sem vê-la, sem segurá-la no colo, sem assitir um desenho ao seu lado, sem brincar contigo, sem banhá-la, sem levá-la para um passeio demorado pela Oscar Freire. Estou junto com você desde o primeiro instante que saiu da barriga da mamãe, e agora afastado parece que tudo me sufoca, tudo me faz lembrá-la. Volta logo para perto do papai, devolve o sorriso no meu rosto. Ah, Beatriz. Que falta que me faz...

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Amizade...


Durante toda essa semana algo se apossou da minha pessoa, não sei exatamente o que, mas ando ansioso, empolgado, mãos molhadas. Não vou receber nenhum prêmio (porque receberia?), não ganhei na loto (meu prêmio de loteria se chama BEATRIZ), e infelizmente não me ofereceram aumento (talvez um dia). Mas percebi que é muito mais do que isso, razão pela qual estamos por aqui. Desde que minha filha nasceu, eu ando afastado, não me encontrei mais com meus AMIGOS, 100 cerveja, não tem futebol, sem banho de sol no pátio. Emagreci até, quem diria. Estou pesando o que eu não pesava a tempos (isso é bom ou ruim?). Alguns AMIGOS até se mudaram, e nem consegui encontrá-los para lhes dar um abraço. Mas as chances sempre aparecem, um amor perdido, uma bola na cara do gol, um pedido de desculpas. E a minha chance será grande, cidade de grandes coisas, muita gente, comida, bebida e futebol. Obrigado a todos que estão envolvidos na organização do churrasco no CT Bafo da Lontra, propriedade de um dos maiores arqueiros que (infelizmente) não vi jogar da história do Corinthians. Jamais poderia supor que um dia, daria tanta importância a um encontro desses, fato corriqueiro para mim tempos atrás. Mas percebi nesses tempos de exílio não forçado, que não há coisa melhor que encontrar, conversar, e estar com os amigos. Ainda mais se eles forem os amigos do Bafo da Lontra...
Ps.: Texto escrito por mim e publicado no blog samboleiros