terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Descobri o amor...


Ainda nem completou três dias que não vejo a minha pequena, mas estou com saudade.

Passo o dia vendo fotos, relembrando seu sorrisinho lindo e o jeitinho meigo.

Após o seu nascimento, descobri entre outras coisas o que é o amor...

Papai está próximo, e ao mesmo tempo longe...

Coração apertado e saudade já basta a que sinto do "SEU" Marcello...

Não quero ficar afastado do meu bem mais precioso, do meu diamante...

É a mulher da minha vida...

Como foi bom descobrir o amor...

Te amo BEATRIZ...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Minhas duas outras filhas...




Dando continuidade à série "mulheres da minha vida", mas dessa vez em dose dupla com Luiza e Laura... Filhas da minha irmã mais velha, mas que me deram a sensação antes do tempo, já que na época que a Luiza nasceu a Beatriz ainda não havia aparecido no pedaço, de ser pai. Tenho que ser justo com a Lalá que aproveitei e dei muito mais pela primogênita, mas isso não tira o meu amor pela segunda que, apesar de não ser minha afilhada - e quem se importa com isso???? - , também é muito forte.

Irmãs, mas de temperamentos e gostos bastante diferenciados, Luiza e Laura me fizeram gostar mais ainda, como se isso fosse possível, de crianças. A primeira sempre foi quietinha, gosta de assistir desenhos, se interessa por atividades tranquilas. A segunda é um rojão, cabelo despenteado, está por toda a parte e não dá sossego a ninguém. As duas???? Lindas né, fazer o que???? Adoro quando as duas chegam em casa, e a meu pedido, vem me dar um beijo duplo. Muito melhor que brigadeiro em festa infantil...

Lu completa sete anos em dezembro, magrelinha, sempre cresceu mais do que ganhou peso, cabelo liso, estilo de modelo. Já Laurinha é mais gordinha, pernocas roliças, barriguinha saliente, e bem moreninha. Parece um pedacinho de carvão quando vai à praia. Se completam, o que falta em uma sobra na outra, mas a alegria que transmitem, assim como a minha BEATRIZ, é impublicável. Ainda não foi inventado adjetivo para tal sentimento, e acho que são coisas que extrapolam qualquer frase, linha ou palavra.

Como explicar tanto trabalho, tanta entrega, tanto cansaço, e ainda assim tanto amor por essas "pestinhas"???? Um dia de diversos problemas, reuniões, trânsito e fadiga muda totalmente quando chegamos em casa, e encontramos essa figurinhas no meio do caminho. Um sorrisão gostoso, ou apenas "Oi Papai" já funcionam como um apagador, deixando tudo de ruim que passamos para trás.

Minhas princesas Luiza e Laura, o DINDO precisa dizer que ama vocês, mesmo sendo repetitivo, que são a alegria dos meus dias mesmo estando longe, e que mesmo não entendendo direito ainda o que aconteceu em relação à perda do Vovô, ajudaram demais nos complicados dias que passamos, e que ainda vamos passar. Mas temos que ser positivos, pensar que agora o vovô está bem, e que temos vocês para continuar nos dando alegrias, emoções e surpresas. Assim como a Bibi, são meu oxigênio, combustível vital para meu coração continuar batendo forte.

Bjão do DINDO...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Dúvida...


Eu não sei se sou eu que AINDA não deixei claro a todos, ou se as pessoas não entenderam - ou não fazem questão de entender - que agora sou pai, e que com isso minha responsabilidade aumenta oito mil por cento, segundo meus próprios cálculos. A todo momento tenho que ficar explicando o motivo de estar "fora" do circuito, de não mais participar ativamente de churrascos, encontros e futebol até tarde da noite, de estar tratando de outras coisas, de dar total ênfase ao trabalho, e a outras atividades que antes da BEATRIZ nascer não eram comuns em meu cotidiano.

Acho que quando digo isso às pessoas, elas acham que estou exagerando, ou que as coisas não acontecem da maneira que eu passo à elas. Momentaneamente é isso que eu posso oferecer, estou sumido mesmo, não ligo mais, não sou mais o cara de outrora. Mas, por favor não me façam dizer o que eu ando mostrando mais nitidamente nos últimos tempos. Agora o que importa realmente para mim é a BEATRIZ, ela está em primeiro lugar, e se quiserem estar ao meu lado terão que estar ao lado dela também. E ai de alguém que OUSAR ser contra, ou algo próximo. Se quiserem me convidar para qualquer que seja o evento, meu convite terá que vir com o nome da BEATRIZ. Se não... Não vou...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Mãe só tem uma...


Tirando minha filha nunca escrevi sobre as mulheres da minha vida, mesmo porque não foram tantas assim, mas quem sabe um dia eu escreva o que cada uma representou para mim. Mas tem uma em especial que representa, e espero que ainda fique ao meu lado durante muito tempo. Em meus "quase" 36 anos sempre foi a minha perseguidora mais implacável, incansável mesmo. Talvez sem ela não tivesse me formado, não estaria escrevendo, não estaria fazendo um monte de coisas. Não quis que eu tentasse a sorte no futebol, mas será que eu era tão bom que conseguiria me tornar um jogador profissional? Vocês sabem né, mãe tem um sexto sentido, vai ver pressentiu que a paixão do filho era o Corinthians, e não o futebol.

Mostrou ser uma mulher de fé quando meu pai precisou de ajuda, já que as coisas não iam tão bem no trabalho, e saiu à caça para vender - uma de suas especialidades - artigos para a beleza feminina. Daquele tempo sobraram apenas algumas lembranças, e alguns poucos batons que não conseguiu comercializar. Depois disso entrou de cabeça no comércio de roupas femininas, e não saiu mais. Já está naquele estágio em que não é necessário sair atrás de compradores. As interessadas em seus produtos, de muita qualidade por sinal, já ligam e encomendam aquilo que precisam. O celular toca insistentemente, mas ela ainda não sabe o manusear muito bem.

Após muito tempo na batalha consegue pagar as contas, e ainda guardar um qualquer para viagens, reformas em casa, e outras coisinhas. Adora vender, mas o ofício anda um pouco afastado, primeiro por conta de problemas em sua vista que acabaram sendo solucionados, apesar de ter perdido boa parte da visão. Em seguida, foi a FIEL escudeira do velho Marcello na sua luta contra o câncer. Também perdeu, mas desta vez foi o companheiro que tanto faz falta a todos nós. Levava, trazia, cadeira de roda pra cima, pra baixo, mas lá estava ela. Fez o que pôde, mas não conseguiu evitar o pior.

Após alguns meses, no exato momento da volta por cima, outro revés. Pé quebrado e mais alguns dias de molho, mas nada que abale a força de D. Elenice. Acho que aconteceu para dar a ela um pouco de descanso, pois a guerreira também precisa. Filha única de D. Maria Tosca e "SEU" Armando tem três filhos, Marcela, Renata e aquele que vos escreve. Sem sombra de dúvida o que deu mais trabalho a ela, mas nem eu consegui fazer com que ela desistisse. Vó dedicada de Luiza, Laura e Beatriz ama de paixão as três netinhas, assim como eu.

Após todo o trabalho que dei a ela, está na hora de começar a recompensá-la. Retribuir por todo o empenho e dedicação em tanto tempo. Começar a nos fortalecer novamente, pois a perda foi sentida, o golpe foi duro. Mas tenho certeza que com a ajuda dele, de onde e como ele estiver, virá. Pois assim como ele, nós também a amamos...
Um Beijão Mãe...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

1 ano...





Exatamente há um ano atrás, estava eu no hospital e maternidade Samaritano para o acontecimento mais importante da minha vida. Coberto dos pés à cabeça com uma roupa cinza que me deixava com jeito de terrorista, esperava o aval da equipe médica para ir até a sala onde a mamãe já estava. Enquanto isso, já de máquina fotográfica em punho, aguardava ansioso o chamado, mãos molhadas, inquiteto. Após algum tempo, que pela situação me pareceu uma eternidade, fui liberado e pude ficar ao lado da Rê, que se encontrava muito trêmula, mas tranquila. Conversamos um pouquinho, dei força a ela, tentei transmitir tranquilidade, e ouvi algumas brincadeiras dos médicos perguntando se eu não iria desmaiar, que na maioria das vezes os pais de primeira viagem passavam mal. Mas eu estava bem...




De repente, a enfermeira me diz que estava na hora, e me perguntou se ia querer acompanhar o parto. Assenti com a cabeça, e fui para a parte da frente da cama. Nascia naquele exato momento, 07:59 do dia 03 de agosto de 2008, Beatriz Lacerda Trigo Paredes, o meu pacotinho. Na opinião de pai babão que sou, já nasceu linda, e a cada dia que passa fica mais. Momento indescritível que vai ficar na minha memória para sempre.




Nesse um ano da princesinha aconteceram coisas boas, e outras nem tanto. Perdi meu pai, briguei com a Rê, momentos tensos no trabalho, alguns dias afastados dela. Acima de tudo ganhei uma força incrível transmitida pela Beatriz, que ela não imagina ter me passado, e que eu não imaginava que pudesse haver entre pai e filha, mas vou agradecê-la sempre por isso. Os momentos agradáveis acontecem na hora do banho, do leitinho, das brincadeiras, dos presentes, das papinhas, das palminhas, dos grunhidos, do balancinho, até na hora em que ela faz aquela naninha é demais.




Beatriz, Bia, Bibi, pafunça esse é o primeiro de muitos anos agradáveis que passaremos juntos. Com certeza durante esse caminho aparecerão algumas pedras, mas certamente tendo vc ao meu lado será mais fácil contornar ou transpor. Papai achava que era feliz antes de aparecer, mas hoje tenho certeza absoluta que não sabia o que era felicidade. Vou fazer de tudo para dar o melhor para sua educação, saúde e lazer, assim como tenho certeza que a mamãe fará o mesmo. Obrigado pelo montão de coisas positivas que me deu, em tão pouco tempo de vida. Antes a vida do papai não tinha significado, mas hoje tem nome e sobrenome. Beatriz Lacerda Trigo Paredes, o papai te ama. Parabéns...

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Nada é mais bonito...


Um pouco atrasado por conta de diversos fatores extra campo, escrevo aqui mais uma epopéia vivida pelo Sport Club Corinthians Paulista, o campeão dos campeões. Só para variar em mais uma decisão de campeonato, mais especificamente a Copa do Brasil. Voltando a Porto Alegre onde se misturam sensações boas e ruins, o jogo é no Beira Rio contra o ótimo Inter, não de Falcão, Carpegiani e Figueroa, mas de Nilmar, Taison e Guinãzu. A nossa esquadra vai de Ronaldo, Felipe e Douglas, e com a vantagem de 2 X 0 conseguida no Fielzão, em noite alucinante.


Passei o dia inteiro com dor de barriga, natural em datas de grandes confrontos. Mas assim que começou o embate, diferene de tantas outras vezes, o Coringão atropelou os vermelhos, gols de Jorge Henrique, o baixinho brigador, e André Santos, timão desde criança. Aí foi só administrar, ouvir o grito da fiel, e o atônito estádio que não acreditava que aquilo estava acontecendo. O jogo foi se desenrolando sem muita graça, pois o Coringão logo cortou a perna do saci e acabou o conto de fadas colorado, que com medo do inevitável distribuiu dias antes da final um DVD com supostos favorecimentos dos árbitros ao Corinthians. Papo furado, futebol é resolvido dentro de campo, e nós atropelamos, e mais uma vez deixamos um estado mudo, sem palavras. E a fiel em êxtase, novamente...


Agora todos que riram, que pisaram, que caçoaram anos atrás, vão ter que aguentar o ano alvinegro. Ainda tem o Brasileirão onde vamos comer pelas beiradas, só na boa, porque para nós o ano acabou, vamos apenas comemorar. Nos últimos anos não houve comemoração, a não ser pelo fato de sermos corinthianos. Mas esse ano vamos beber até cair, como caímos, e levantar, como levantamos. Campeões, mais uma vez...


Só para não esquecer, como se fosse possível, o time formou com: Felipe, a muralha, Alessandro, o incansável, Chicão e Willian, as torres gêmeas, e André Santos, discípulo imediato de Wladimir e Sylvinho. Cristian, que será eternizado pelo sinal que fez aos bambis, Elias, o homem invisível, Douglas, o maestro. O trio de ferro conta com Jorge Henrique, o baixinho brigador, Dentinho, mais um das categorias de base, e Ronaldo. Não vou tecer comentário sobre este último, pois não é necessário. Sem falar em Boquita, Diego, Saci, Souza, Morais, Moradei, cachorro louco, Jucilei, Otacílio Neto e todos os demais que envergaram a maravilhosa camisa alvinegra. Que me desculpem os adversários, mas Corinthians Campeão, nada é mais bonito...


Ps.: agora meu velho, dá uma forcinha aí de cima, ok? Abração...

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Até mais...


Após uma difícil batalha travada durante quase três anos contra uma doença terrível, meu pai foi vencido. Situação estranha para mim, já que em outras ocasiões a vida havia tentado vencê-lo, mas não obtivera êxito. Teve uma infância pobre, e junto com ela todos os problemas que a falta de condição acarreta. Saiu de casa cedo para trabalhar, e conseguir uma vida melhor. Sempre foi forte, e aos poucos foi sendo recompensado por isso. Possuía uma sinceridade assustadora, e isso trouxe mais dissabores do que alegrias nesse mundo mentiroso em que vivemos. Tudo que fazia era no sentido de dar o máximo para sua família, mulher e três filhos.


Ranheta, temperamento forte, não gostava de ganhar presentes, festas ou de abrir seu coração. Não chorou nem mesmo quando os pais morreram, mas tinha apego especial por crianças. Antes mesmo de ser avô, adorava brincar com crianças de qualquer idade, cor, ou religião dispensando sempre muita atenção a elas. Depois que vieram as suas princesas Luiza, Laura e Beatriz com quem infelizmente teve pouco contato por conta do estágio avançado da doença, se desmanchava em declarações de amor e carinho.


Parceiro de todas as horas, era um pai duro, fazia questão de que todos estudassem, e não havia desculpa para uma nota ruim ou um boletim vermelho, pois ele conseguiu se formar apenas depois de velho, já que na infância os pais não deram a condição necessária para que eles estudassem em uma faculdade. Adorava pegar os três filhos e correr para o Ibirapuera, onde todos brincavam até a exaustão. Até pouco atrás, ainda realizava suas caminhadas no mesmo local, sempre comigo ao seu lado relembrando momentos ótimos que passamos juntos.


Além da mulher, filhos e netas tinha outra paixão: o Corinthians. Dizia que não era fanático como eu, se tal atleta fosse contratado não iria mais torcer, mas jamais deixou de acompanhar o time. Tinha na ponta da língua todos os times campeões, mas tinha preferência pelos times de 1954, 1977, 1990, times guerreiros, mas que acabaram entrando para a história, assim como ele. Morreu campeão, pois dias antes o Coringão havia batido o Internacional, e dado a ele a oportunidade de mais uma conquista em vida. Agora ele vai assistir tudo lá de cima, de um lugar bem melhor.


Desculpe a todos os meus amigos, mas ele era o meu preferido. Me ensinou o caminho das pedras, nunca deixou de me acompanhar em nada, estava ao meu lado para aplaudir e para bronquear, assisti em seu colo o título de 77, e minha tristeza maior é que ele verá a minha Beatriz crescer de longe. Não poderá realizar o meu sonho, (e acredito que o dele também) de passearmos juntos por aí.


Pai, de onde quer que esteja, quero agradecer por todo o apoio, dedicação, pelos passeios, conversas, risadas, jogos do Corinthians, e por ter me feito o homem que sou. Não sei se vou conseguir ser o que você foi, mas vou tentar. Fazer com que a minha filha sinta por mim, o que eu sinto por você. Nem bem se foi, e eu já estou com saudade. Espero encontrá-lo novamente, e dessa vez quero vê-lo bem, sem fios, injeções, ou camas de hospital. Te amo, até mais...


quinta-feira, 18 de junho de 2009

Que noite...


Após um bom dia de trabalho, proveitoso, onde tive a oportunidade de adiantar algumas coisas que estavam por fazer fui até o hospital. Não, (preferia que fosse eu) não estava mal, mas fui visitar o velho guerreiro, um pouco abatido, alguns "probleminhas", mas nada que o derrube. Às vezes desanima um pouco, mas logo volta à sua real condição. Sempre forte, brigador, batalhador, um leão...


Chegando lá, um sorriso, as perguntas de sempre por ordem de prioridade: E a mamãe? A baixinha? O trabalho? E o Corinthians? Todos ótimos, a mamãe na correria de sempre; a baixinha mais linda a cada dia; o trabalho sempre a mil por hora; bem, e o Corinthians? Logo mais o jogão contra o Inter, mas vai ser pedreira, como quase sempre. Relembramos o título de 77, tinha quatro anos de idade e estava sentado em seu colo.


Após mais algum tempinho de prosa, me despeço do velho guerreiro e desço rumo ao Fielzão, também conhecido como Estádio Paulo Machado de Carvalho, Pacaembu. Como não poderia deixar de ser, movimentação constante e muita festa. Quando me dirijo à fila de entrada, uma comemoração que não entendo, pois ainda nem havia começado o jogo. É que o Palmeiras jogava pela Libertadores, e com o resultado de 0 X 0 estava eliminado do torneio continetal. A festa começava ali, e pelo menos durante as próximas horas iria continuar.


Já dentro do estádio os onze iluminados que vestem o manto preto e branco surgem no gramado, acompanhados de muita festa e fogos, um delírio. Um torcedor em especial acompanhava tudo pelo coração deitado em seu leito, já que a sala onde se encontrava era anti ruído. Mas como não ouvir a festa da Fiel? Impossível... Hora ou outra olhava ao meu lado para ver se ele não estava ali, como tantas outras vezes.


Descida pela esquerda do campo, Marcelo Oliveira, que após uma infeccção hospitalar quase perdeu a perna, passa como quer pelo marcador e cruza na marca do pênalti para Jorge Henrique bater e fazer 1 X 0 Corinthians. Após alguns sustos, o juiz apita o fim do primeiro tempo. Olho para o prédio e tenho a certeza de que ele está lá, fios nos braços, aparelho de batimentos cardíacos explodindo, remédios nas veias, mas a fidelidade de sempre.


Na volta para o segundo tempo o jogo continua brigado, a Fiel continua sua festa, e o time vai pra cima. Todos sabemos que o jogo de volta será muito difícil, e precisamos de mais gols. Mas o adversário é um time maroto, traiçoeiro, e que sempre dá trabalho ao Corinthians. De repente, Ronaldo escapa pela direita do ataque tendo "apenas"o zagueiro Índio entre ele e o gol. Corte seco no zagueiro, e bola indefensável no canto do goleiro Lauro. Não tem jeito, o "gordo" nasceu para decidir, e mais uma vez (pelo menos por enquanto) aliviou a ansiedade corintiana.


Fim de jogo, mais uma batalha vencida. Mas a guerra está longe de terminar, não só a do futebol, mas a correria do dia-a-dia por uma vida melhor, dar todas as condições à minha BEATRIZ, ter uma vida tranquila, e saber que aquilo tudo valeu a pena. Subi a rampa rumo à volta pra casa, olhei para o prédio e lá estava ele acompanhando toda a movimentação. Assim que me viu abriu mais uma vez um sorriso, e acenando para ele disse que poderia descansar tranquilo que assim como nas outras vezes, tudo acabará bem. Ele sumiu da janela com um olhar aliviado, e foi descansar. Até amanhã PAI, pois amanhã tem mais...

terça-feira, 9 de junho de 2009

Poema...

"Não importa o que é o mundo...
O importante são seus sonhos...


Não importa suas mágoas...
O que importa são suas alegrias...
Não adianta você sonhar, se você não lutar...

Afinal, o que importa?

Você importa. Acredite em você"

Bia, você é o meu sonho, minha alegria e vou acreditar em você sempre...

Papai te ama...

Bjão

terça-feira, 2 de junho de 2009

Precisa dizer algo?


Conhece aquele ditado popular de que "imagens valem mais do que mil palavras"?

Pois aí está a prova...

Falar o que?

Por essas e por outras é que sou 100% Beatriz...

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Que delícia balançar com você...


Após um tempinho afastado dela por problemas de saúde (mínimos), este final de semana foi sensacional. Minhas atenções ficaram todas voltadas para a minha pequena (que já não é tão pequena assim) BEATRIZ. No sábado, cheguei na casa da Vovó dela por volta de 9:30 da manhã, e logo fui passear, dei almoço, e na parte da tarde fiquei lá até a baixinha dormir, tirar aquele soninho gostoso, tranquilizante, que dá vontade de abraçar bem forte e mostrar pra todo mundo, o quanto vc ama aquela cosinha mais linda que descansa como um anjinho. No fim do dia um dos momentos mais gostosos, e olha que é difícil escolher quando estamos com quem amamos, a hora do banho. Água quentinha, diversos brinquedos na banheira, e aquele olharzinho mole, que pede um pijaminha e uma mamadeira gostosa. Quando tudo isso terminou, próximo das 22 horas, voltei para casa, meio sem graça, já com saudade e com uma vontade enorme de ter ficado ao seu lado...

No dia seguinte voltei às 10, Bia estava um pouco irritada, serelepe, mas com o passeio tudo ficou tranquilo, ela dormiu um pouquinho, e logo o sorrisinho gostoso voltou para aquele rostinho fantástico, que presta atenção em tudo, e que faz agente parar no tempo. Mais uma naninha após o almoço, e na sequência fomos brincar um pouquinho na pracinha localizada na rua de cima da casa da Vovó Lilian, algumas crianças e o "pacotinho" no meu colo, de olho em tudo e em todos, pronta para entrar na bagunça. Neste momento vagou um balancinho, e como ela ainda não consegue ficar sozinha, sentei com ela e começamos a balançar. Ficamos um tempão naquele suave e doce movimento, e foi uma delícia, óbvio que muito mais para o pai do que para a própria, mas não tinha a mínima idéia de que balançar com a filha grudadinha ao meu corpo era tão gostoso, e trazia tanta satisfação. No mesmo horário do dia anterior, acabei (contrariado novamente) voltando para casa, mas tão feliz e satisfeito pelo final de semana ao lado da MINHA FILHA, que a segunda-feira, sempre azeda e mal humorada, está leve, livre e solta, como aquele balanço com a linda, a minha BEATRIZ...

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Como é bom ser CORINTHIANO...


Após alguns anos bem difíceis, mais exatamente desde 2005, ano em que o Corinthians sagrou-se campeão brasileiro sem jogar um futebol muito convincente, diversas trocas de técnicos, jogadores caríssimos e mentirosos, muito oba-oba, e uma parceria iraniana sinistra, sem um pingo de crédito, pelo menos da minha parte. Mas sabe como é, somos todos CORINTHIANOS...

Até as notícias sobre o time haviam mudado de local, do caderno de esportes para as páginas policiais. Eram notas frias, calcinhas em nome da secretária da presidência, jogadores envolvidos em baladas com o iraniano, assassinatos russos, e infinitos depoimentos na receita federal com o único lema de que o importante era a "Libertadores". Mas sabe como é, somos todos CORINTHIANOS...

Tempos bicudos, os adversários não perdoavam, e em 2007 aconteceu o que (quase) ninguém queria, mas todos temiam. A segunda divisão veio coroar o esforço que todos (diretoria/parceria?) fizeram para que isto acontecesse. E agora? Veio o lema, "NUNCA VOU TE ABANDONAR", e foi exatamente o que aconteceu. Estádios cheios, euforia e transmissão ao vivo, mesmo os jogos sendo em São Paulo. No mesmo dia que o Fluminense disputou a final da LIBERTADORES (aquela, lembra?), a emissora da vênus platinada transmitiu Timão x Braga pelo paulistão, e se deu bem. Corinthians na cabeça, e audiência garantida. Fim do campeonato, Timão em sexto e a boca ia ficando amarga. Mas sabe como é, somos todos CORINTHIANOS...

Copa do Brasil, começou sem muito interesse, sem time, destroçado ainda pelo que havia acontecido, jogadores no DM, reforços de qualidade discutível. Tropeçando fomos chegando, e quando tivemos o Goiás pela frente, time mediano da região centro do Brasil, mas que está sempre achando que pode duelar com o Coringão, só porque se deu bem algumas (poucas) vezes. E, por conta do lindo manto rouxo que havia sido lançado, disseram que iam chupar uvas após o jogo. Só que a uva rouxa não é o único tipo da fruta que se vê por aí, e a FIEL após o 4 X 0 nos primeiros minutos do jogo, foi mastigando a uva verde até a semifinal contra o Botafogo carioca. Passamos, e aí apareceu o Sport que foi inapelavelmente batido na bambineira(estádio alugado), tendo que descontar o placar no Recife. Aí que o gosto amargo voltou, e mais amargo foi ficando após mais um revés. Mas sabe como é, somos todos CORINTHIANOS...

Série B chegou, e a Fiel ia inventando motivos para continuar, enfrentar a tudo e a todos de cabeça erguida, tirar o amargo da boca, vestindo sempre o manto mais bonito do planeta. Durante a competição alguns reforços foram chegando, o time foi ganhando "sustância", alguns jogaram mais do que podiam, pois envergavam tal vestimenta, e foi se consolidando, pavimentando a volta ao seu lugar por direito. Alguns maldosos diziam que era obrigação, que se não ganhasse a série B, não ganharíamos mais nada. Ganhamos e o amargo da boca deu uma trégua, voltando dias depois com a conquista do brasileiro por outro time paulista. Anos complicados... Mas sabe como é, somos todos CORINTHIANOS...

O final de 2008 foi especial, pois além de diversos reforços que deixavam o time com cara de equipe, um era simplesmente RONALDO. Sim, o maior artilheiro da história das copas era do timão. Coisa de louco!!!! Mas será que ele vai jogar, será que vai dar arrancadas fulminantes que o consagraram, dribles desconcertantes, jogadas geniais, mas principalmente gols, uma tonelada deles. Será? A apresentação foi de gala, muita gente (só para variar), promessas, torcida empolgada, e marketing, muito marketing. Corinthians e Ronaldo, dois nomes fortíssimos que dão muito retorno. Mas o começo foi um pouco frustrante para os dois, pois ele não conseguia perder peso, o clube não sabia se havia feito um bom negócio, as desconfianças só aumentavam, e ele só treinava, longe da redonda e dos gramados, o que para um jogador é altamente desmotivante. Mas sabe como é, somos todos CORINTHIANOS...


Após episódio em que Ronaldo esteve em uma boate juntamente com alguns integrantes da comissão, o "hômi" estreou contra o Itumbiara, e a torcida gostou do que viu, mas ainda não havia visto nada. Dias depois o jogo seria contra o eterno rival Palmeiras, e aí a casa caiu, ou melhor, o alambrado. Após perder boa parte do jogo, em que "eles" fizeram o gol aproveitando falha de Felipe, o "gordinho" entrou em campo e foi quando realmente começou a saga de Ronaldo com o manto mais pesado do mundo. Na primeira jogada dele, limpou o zagueiro verde e deu uma pancada no travessão, que balança até hoje. Mas o melhor estava guardado para o fim, quando os espíritos de porco já cantavam vitória, e perceberam que jamais isso deve acontecer quando Ronaldo está em campo. Aos 48, escanteio para o Timão, lá foi Douglas, o maestro, cobrar. Ele bateu com carinho nela, a bola viajou, viajou, viajou e foi ao encontro da cabeça predestinada de Ronaldo que só escorou para o fundo das redes dos atônitos palmeirenses. Foi a senha para começar a loucura, seguindo o centroavante todos os jogadores se penduraram no alambrado para comemorar com a Fiel, e o coitado (para piorar estava pintado de verde) cedeu. Sem saber, os corinthianos estavam presenciando o exterminador dos grandes, pois além de Palmeiras, São Paulo e Santos também sofreram com os gols do "GORDO". Na corrida, chute, cabeçada, de bico, de cobertura, gol do Corinthians, gol de Ronaldo. Mas sabe como é, somos todos CORINTHIANOS...


Além dele, o 26º título paulista (ah, sim, depois de toda essa narrativa, dessa epopéia, óbvio que fomos campeões) teve também André Santos, escape do escrete pela esquerda. Cristian, volante pegador que será lembrado para sempre pelo gol no último minuto (outra vez) no primeiro jogo das semis, e principalmente pelo sinal de reverência que fez para "elas". Elias, o homem invisível, incansável, em todos os lugares do campo. Douglas, o articulador, frio, calculista, tratando sempre a redonda com carinho. Teve também, e terá para sempre, o menino das categorias de base, Dentinho, pedalando e deixando os adversários loucos à sua caça. Assim como foi Luisinho, pequeno polegar, Rivellino, patada atômica, Super Zé Maria, Wladimir, o saci. Mais recentemente, Marcelo Djian, muralha alvinegra, Márcio, campeão como jogador e treinador, Ronaldo, eternamente corinthiano, Paulo Sérgio, tetracampeão, Marques, que jamais teve coragem de fazer uma boa partida contra o Corinthians. Os internacionais Silvinho, Zé Elias, Deco, Edu, quase de volta, Gilmar Fubá, Dinei, que só jogou no Corinthians, Índio, como poderia um índio jogar em outro time?, além de muitos outros que tiveram a infelicidade de jogar em outras equipes, e quando vieram para o CORINGÃO tornaram-se lendas como Basílio, Biro-Biro, Ezequiel, Neto, Marcelinho, Rincón, Vampeta, Gamarra, Sócrates, Ronaldo...


Felizmente essa história jamais terá fim...


Como é bom ser CORINTHIANO...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Salvem as nossas crianças...


Realmente não sei o que acontece com as pessoas que perambulam por esse mundão de Deus, período difícil, crise, falta de oportunidades, excesso de drogas, ou apenas maldade. Puro e simples prazer de presenciar o sofrimento alheio, situação ainda mais nebulosa quando se trata de crianças. Elas são o estado mais puro de um ser humano, um carro novo, lataria reluzente, inovações tecnológicas, ainda não pegou os vícios do motorista, mas que com o tempo vai ficando velho, queima óleo, pneu gasto, lataria amassada - exatamente como nós seres humanos, ou seriam seres mundanos? - e não estão sendo tratadas como tal. Pais jogando os filhos pela janela, nos rios, esquinas, bares, deixando-os presos, prostituição infantil. Não pode haver crueldade maior do que essa, pois não é dado a elas oportunidade de desenvolvimento, de viver, respirar, sentir, amar, brincar, dormir, sonhar. Sou pai há pouco tempo, e se já não entendia isso antes de sê-lo, agora então é impossível. Fico com o coração partido de dar uma bronca, uma voz firme, uma recomendação. Quanto mais um tapa, um soco, uma coronhada, um beliscão que seja. E quanto mais os casos, menos punição, e mais indiferença. Os telejornais noticiam isso como se mostrassem a rodada do final de semana dos campeonatos regionais. Os apresentadores gritam, pedem punição, soltam jargões, mas nada de efetivo acontece. Estamos estragando, assim como já fazemos com a Mata Atlântica, a camada de ozônio, o respeito, a conversa, o abraço, o carinho, estamos jogando pelo ralo nossas crianças, nosso futuro. Com criança temos que amar, acariciar, beijar, abraçar, ensinar, educar, e quando algo de errado acontece, mostrar que foi equivocado, que não funciona daquela maneira, e corrigir. E não gritar, bater, expulsar de casa, trancar no porão. Que mundo é esse que ao invés do amor, do abraço, do afeto preferimos a dor, o horror e o terror, ganhando proporções estratosféricas se no caso estiver envolvida uma CRIANÇA...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Tão longe...


Por que será que existe o afastamento? Isso é doloroso principalmente quando envolve pessoas, e coisas que gostamos, e lutamos muito para conseguir. O afastamento nesse caso, parece água que escorre por entre os dedos. Digo isso, pois o bem mais precioso que possuo na vida, anda longe. Já havia passado por diversos afastamentos, mas nada tão dolorido como acontece agora. Às vezes o afastamento é necessário, pois precisamos de tempo, necessitamos de ar para respirar, olhar outras coisas, enxergar outras possibilidades. Mas não é isso o que ocorre, não quero nada disso, quero apenas você. Não acordo mais de madrugada, e isso não é bom. Louco? De jeito nenhum, se nossos motivos forem os mesmos. Raspava as mãozinhas na roupa de cama, como se dissesse: "Papai está na hora, cadê meu leitinho?". Olhava por cima da grade, e lá estava você meio que aguardando meu olhar. E agora? Onde eu durmo, no lugar do bercinho há apenas um imenso vazio. De repente, tudo ficou tão vazio, tão oco, tão chato, tão sem sentido. Sei que vou voltar para casa e ela não estará deitadinha no edredom pronta para uma brincadeira, um cheirinho, uma coceguinha, um sorrisinho gostoso que provoque um solucinho mais gostoso ainda. Soluçando ando eu ultimamente sem vê-la, sem segurá-la no colo, sem assitir um desenho ao seu lado, sem brincar contigo, sem banhá-la, sem levá-la para um passeio demorado pela Oscar Freire. Estou junto com você desde o primeiro instante que saiu da barriga da mamãe, e agora afastado parece que tudo me sufoca, tudo me faz lembrá-la. Volta logo para perto do papai, devolve o sorriso no meu rosto. Ah, Beatriz. Que falta que me faz...

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Amizade...


Durante toda essa semana algo se apossou da minha pessoa, não sei exatamente o que, mas ando ansioso, empolgado, mãos molhadas. Não vou receber nenhum prêmio (porque receberia?), não ganhei na loto (meu prêmio de loteria se chama BEATRIZ), e infelizmente não me ofereceram aumento (talvez um dia). Mas percebi que é muito mais do que isso, razão pela qual estamos por aqui. Desde que minha filha nasceu, eu ando afastado, não me encontrei mais com meus AMIGOS, 100 cerveja, não tem futebol, sem banho de sol no pátio. Emagreci até, quem diria. Estou pesando o que eu não pesava a tempos (isso é bom ou ruim?). Alguns AMIGOS até se mudaram, e nem consegui encontrá-los para lhes dar um abraço. Mas as chances sempre aparecem, um amor perdido, uma bola na cara do gol, um pedido de desculpas. E a minha chance será grande, cidade de grandes coisas, muita gente, comida, bebida e futebol. Obrigado a todos que estão envolvidos na organização do churrasco no CT Bafo da Lontra, propriedade de um dos maiores arqueiros que (infelizmente) não vi jogar da história do Corinthians. Jamais poderia supor que um dia, daria tanta importância a um encontro desses, fato corriqueiro para mim tempos atrás. Mas percebi nesses tempos de exílio não forçado, que não há coisa melhor que encontrar, conversar, e estar com os amigos. Ainda mais se eles forem os amigos do Bafo da Lontra...
Ps.: Texto escrito por mim e publicado no blog samboleiros