terça-feira, 29 de setembro de 2015

Opinião: rodada da Copa do Brasil me fez lembrar do Corinthians


Depois de muitas quartas-feiras assistindo e sofrendo pelo Corinthians, ontem eu pude, enfim, assistir os jogos da rodada sem nenhum compromisso, a não ser com a pipoca e a gelada. Mas, os jogos das 22h insistiam em me lembrar do líder do Campeonato Brasileiro. Primeiro, porque nenhuma das equipes tem o futebol que joga o Corinthians atualmente. Flu e Grêmio foi horroroso! Tricolor e Vasco foi jogo de um time só.


Pois bem, vamos lá! O jogo do Maracanã marcava o encontro de dois times em situações bem diferentes no Campeonato Brasileiro, apesar de que a noite era de Copa do Brasil. O Tricolor carioca tenta se encaixar após a ótima contratação do Ronaldinho Gaúcho, um craque que só quer se divertir.
Pena que fora das quatro linhas… o time gaúcho bem armado, mas também sem muito brilho. E aí, confirmando aquilo que eu já escrevi, os poucos bons momentos da partida, saíam de pés “corinthianos”. Do maestro Douglas, campeão mundial pelo timão, que até xixi no campo fez, de Bobô e Marcelo Oliveira, “craques” revelados pelo terrão. Pelo Flu, bom pelo Flu…
Já na outra partida da noite, o Vasco dava até indícios de que ia conseguir um empate e tal, mas a fúria incontrolável de Pato, outro “corinthiano”, apenas descansando em outro clube para voltar ano que vem e deitar no timão, não deu margem ao time da colina. Dois gols do atacante e muita movimentação.
Mesmo no cruz-maltino, que não apresentou muita coisa, os poucos incômodos na defesa tricolor eram causados por Herrera, que nos ajudou a subir em 2008. Aprendeu lá, a dureza de se jogar futebol. E Andrezinho, que não jogou no Corinthians, mas tem uma vontade de jogar com o “professor” Tite de novo, já que o atleta foi dirigido pelo técnico no Internacional.
Terminada a rodada, começaram os jornais da noite, bate-bolas e afins e nem quando o Corinthians não joga dá para esquecer. Começou aquela de história de juiz, lava-jato… o juiz, ah, o juiz… Se ele marcasse aquele pênalti…
Texto publicado no portal torcedores.com.
Foto: Reprodução
Frederico Paredes é colaborador no Torcedores.com. Siga ele no Twitter: @FredWalls1210

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Mais um Majestoso vem aí


São Paulo e Corinthians fazem, no próximo domingo, no Morumbi, o clássico de número 324, desta vez pelo Brasileirão de 2015. Só por se tratar do Majestoso de número 300 e lá vai fumaça, imaginem quantas histórias as duas equipes vão carregar para dentro do gramado do Morumbi. Momentaneamente, tricolor e timão estão na parte de cima da tabela, brigando para encostar no Atlético Mineiro, o ponteiro do campeonato. Mas, nem sempre a situação dos times é tranquila como desta vez…


No maior tabu entre as equipes, quando o São Paulo ficou 12 jogos sem perder para o rival, de 2000 a 2007, o Corinthians até teve bons times no período, mas o São Paulo era o espinho na garganta corintiana. Até o dia em que os dois times se enfrentaram no Brasileirão de 2007, o mesmo que levou o Corinthians à segundona, e que também não teve uma vitória tricolor sobre o rival, Betão cuspiu o incômodo com um gol de cabeça em pleno Morumbi e encerrou com o jejum.
Aí o tabu mudou de lado, Corinthians havia voltado forte da segunda divisão, tinha Ronaldo, Mano Menezes era o comandante e o Tricolor não conseguia a vitória. De 2007 a 2011 a soberania era preta e branca, inclusive quatro jogos em que o Corinthians não foi nem vazado pelo ataque rival, e a crise só aumentava pelos lados do Morumbi. Até que num clássico disputado em Barueri, o campo do São Paulo estava fechado para reformas, Rogério Ceni fez um gol de falta, o 100◦ da vitoriosa carreira, o SPFC ganhou por 2 a 1, e também escreveu mais uma página do clássico.
Em algumas linhas, consegui reproduzir um pouquinho do que significa o clássico para as duas torcidas. Escrevendo de forma simplifica, sem a emoção, são 323 jogos disputados, com 121 vitórias alvinegras e 467 gols marcados, contra 101 vitórias tricolores e 445 gols anotados, além de 101 empates. Será que o Corinthians vai engrossar seus números e aumentar a freguesia, ou o São Paulo vai diminuir a diferença, tanto na tabela do Brasileiro como na história do Majestoso? Façam suas apostas!
Crédito da foto: Getty Images
Frederico Paredes é colaborador no Torcedores.com. Siga ele no Twitter: @FredWalls1210

terça-feira, 30 de abril de 2013

A várzea e os outros


A força que impulsiona todo esse movimento, na realidade, se chama futebol. Colocar o uniforme, calçar as chuteiras e entrar em um campo ou quadra é algo que não se consegue explicar de maneira simples. “Futebol é muito mais do que um esporte, é um fenômeno cultural que transcende a esfera da racionalidade e nos coloca em contato com comportamentos humanos arquetípicos, sendo a ludicidade um deles”, diz o professor de Educação Física e Sociólogo, Reinaldo Pacheco.
Por isso, cidades que não possuem áreas disponíveis, ou talvez clima adverso para se organizar um campeonato de várzea, procuram outras alternativas, mas sempre com a intenção de praticar o futebol. Cidades praianas têm campeonatos de Beach Soccer, ou ainda futebol de areia. Em cidades mais frias, Jaraguá do Sul é um bom exemplo, o futebol de salão faz absoluto sucesso.
O “Esporte da Bola Pesada”, como já foi apelidado por conta da bola com circunferência menor e com maior peso, surgiu em 1934 no Uruguai através do professor Juan Carlos Ceriani que o chamou de “indoor-foot-ball”. Existem outras histórias sobre o nascimento do esporte, mas esta é a mais provável. No ano de 1954, foi fundada a Federação Metropolitana de Futebol de Salão e as primeiras regras apareceram apenas dois anos depois.
Assim como no salão, onde o Brasil possui diversos títulos, o Beach Soccer também está entre os esportes coletivos que mais deram alegrias ao País. O primeiro mundialito aconteceu em 1994, na praia de Copacabana, e a partir daí, o esporte, por conta de algumas características como local para a prática, casando bem com o estilo do povo brasileiro; alta média de gols; e formato de disputa, com três tempos de 12 minutos e intervalos com três minutos cada, que favorecem a transmissão, virou mania, principalmente no verão.
Com estilo semelhante, o futebol de areia também possui seu campeonato próprio, e embora alguns achem se tratar do mesmo esporte, existem diferenças entre o Beach Soccer e o futebol de areia. A mais perceptível é que o primeiro é praticado em areia fofa, enquanto o outro é jogado em terreno firme. No Beach Soccer, o time é composto por cinco atletas, enquanto no futebol de areia são seis jogadores.
Por último, o Futebol Society, também conhecido como futebol 7, e que assim como os outros também possui confederação, fundada em 1996 por um ex-árbitro de futebol de salão, e é uma febre das grandes cidades. É praticado em uma espécie de carpete feito de grama sintética, inclusive com sistema de amortecimento para não prejudicar as articulações dos praticantes.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Isso é várzea


A bola que rola no campo já está um tanto quanto gasta pela sequência interminável de partidas, além da cor avermelhada pelo contato com a terra levantando poeira a cada chute, dividida ou jogada mais ríspida. Ela é sempre punida pelo “juiz”, que, na maioria das vezes, é algum conhecido do time da casa, muitas vezes descalço e sem camisa e que não liga para as reclamações. Improvisação é uma das características principais. A “chanca”, nome da chuteira para os mais antigos, sente a falta de alguns cravos, mas ainda possui a cor reluzente dos últimos lançamentos.

A torcida, em sua maioria moradores dos arredores do campo, fica posicionada rente ao alambrado corroído pela ferrugem e com diversos buracos, e se manifesta a cada lance de perigo ou chance desperdiçada. Os nomes dos times são atrações a parte e tornam os jogos verdadeiros clássicos. 100 Querer contra o Mella Pé; Cruz Credo e Boa Esperança; e o Bate- Fácil enfrenta o Vida Loka. Invariavelmente seguidos pelos nomes dos bairros, ou como eles preferem, comunidades onde estão localizados.
“A comunidade é super importante para nos auxiliar com doações, por menor que elas sejam, pois a maioria é carente, e nos ajudar em projetos sociais e eventos para cobrir os gastos que temos”, explica Paulo Toledo, presidente do Unidos da Doze, time do Parque Doroteia, zona sul da cidade de São Paulo. A participação é quase uma regra para os times varzeanos, e as histórias têm muito em comum. Geralmente iniciados pela força de algum morador apaixonado por futebol e que foi passando o ideal de geração a geração.
É assim desde a época do Clube Atlético Ypiranga, fundado em 10 de julho de 1906, e um dos pioneiros da várzea. Mandava seus jogos na Várzea do Carmo, inclusive levando as bolas e as traves. Ou mesmo do poderoso Corinthians, que surgiu disputando torneios amadores e, após muita luta, conseguiu entrar na Liga para disputar jogos e torneios ao lado dos grandes da época como Mackenzie, Paulistano, Germânia entre outros.
O tempo passou, os times são outros e o futebol varzeano continua firme. Apesar das cidades estarem “menores”, pois hoje cada metro quadrado é disputado à tapa por todos, principalmente pelas grandes construtoras, e os campos cada vez mais escassos, as equipes se multiplicam. Especula-se que existam cerca de 2 mil times de várzea, apenas em São Paulo, sendo muitos deles registrados em cartório.
Alguns privilegiados possuem campos, vestiários e até iluminação, casos do Flor de Vila Formosa e da União Recreativa Cultural Amizade (URCA). O último possui uma espécie de campeonato organizado, trio de juízes contratados, diversas equipes uniformizadas e só é permitido participar se for convidado. “Fui convidado para jogar em 2007 por um amigo de faculdade, fui ver como era e estou até hoje”, relata Nardelli, capitão do São Cateano, um dos sete times que disputam o caneco.
Por falar em campeonato, a várzea foi, durante os anos 70, 80 e 90, atração na televisão aos domingos com o Desafio ao Galo, transmitido e patrocinado pela TV Record. A fórmula do torneio era simples, com os vencedores jogando todos os finais de semana até que fossem superados. O troféu tinha formato de um galo, daí o nome do torneio e, ao final do ano, as equipes que tivessem ficado mais tempo invictas disputavam o super galo.
A nova versão do Desafio ao Galo é a Copa Kaiser, maior competição do Estado de São Paulo com 192 equipes participantes, e que nesse ano chega a 13ª edição. E assim como na capital paulista, outras cidades possuem seus campeonatos, sempre com sucesso de público. Como a Copa dos Bairros, realizada pela Prefeitura Municipal de Manaus e que contou com 11 mil pessoas assistindo à partida final entre Parque Dez e Raiz.
Muitos dizem que a magia do futebol, aliada à habilidade do jogador brasileiro, vem desses campeonatos e muitos são os exemplos. Kléber, atacante do Palmeiras; Elias, meio de campo do Corinthians; e Diego Tardelli, centro-avante do Atlético Mineiro, deram seus primeiros chutes em times varzeanos. Além de César Sampaio, Cafu, Zé Maria e tantos outros. “Futebol não é fácil como todos acham, tem muito jogador de várzea que tem talento, mas não consegue jogar num time profissional”, declara Elias.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Chamem o Telê!!!!





Publicado no blog PELEJAS em 08/11/2012

O Brasileirão 2012 ainda não está decidido, mas provavelmente, isso se o fim do mundo acabar não acontecendo, deve tomar o rumo das Laranjeiras. E mais uma vez, o Clube Atlético Mineiro ficará pelo caminho. Escrevo isso, pois é o que vem acontecendo desde 1971, ano do primeiro brasileiro realizado – os campeões brasileiros dos anos anteriores saíam da Taça Brasil e da Taça de Prata - e do único título conquistado pelo galo.

Reconhecidamente um dos maiores do país, o Atlético vem sofrendo há anos para conquistar algum campeonato que realmente façam seus torcedores se orgulharem de vestirem seu manto. Mas, assim como diversos outros times brasileiros, o galo vem de administrações bastante turbulentas que culminaram em cofres vazios, atrasos de salários, e consequentemente, times fracos. Para fechar com chave de ouro, o Cruzeiro, maior rival dos atleticanos, vem montando equipes fortes e conquistando diversos títulos nos últimos anos.

Após a chegada do falastrão Alexandre Kalil à presidência, a situação melhorou um pouco, mas nada que faça seus torcedores pularem de alegria. No campeonato brasileiro de 2010 ficou na 13ª colocação e no brasileiro de 2011 alcançou apenas a 15ª colocação. Jogou a última rodada do campeonato brasileiro passado contra o Cruzeiro, e se vencesse, rebaixaria o rival. Chance para ganhar novamente o apoio da torcida. Mas, para colocar mais fogo no caldeirão, tomou de 6 e os jogadores acabaram saindo escoltados do estádio Independência.

Esse ano, sem sombra de dúvida, será o mais produtivo e com melhores resultados da década!!!! Apesar do caneco não vir, o Atlético está classificado para a Copa Libertadores de 2013 e tem um elenco forte com Ronaldinho, Jô, Vítor, Réver, Bernard, Júnior César e outros. Ainda não se sabe quem sai e quem chega, mas mantida a base ano que vem pode ser bastante positivo. Talvez com esse time e o comandante do primeiro título brasileiro, Telê Santana, o galo vivesse momentos melhores.

O mineiro Telê Santana era de personalidade forte, exigia sempre muito dos atletas, tanto em campo como fora dele, acompanhava tudo que o cercava, a ponto de, na época que comandava o São Paulo, retirar do gramado em que treinavam os jogadores tricolores fungos e larvas que matassem a grama, para que o “tapete” ficasse perfeito.
Ficou marcado como técnico de uma seleção brasileira que tinha no meio campo Sócrates, Zico, Cerezo e Falcão e que acabou derrotada, tal era o ímpeto para vencer qualquer adversário que aparecesse pelo caminho. Acabou sem o título com a amarelinha, mas foi à forra com o São Paulo bi-mundial que tinha um timaço montado por ele com Raí, Cafu, Palhinha, Muller e tantas outras feras.

Até hoje, Telê Santana é o técnico que mais dirigiu o Galo em todos os tempos com 434 jogos. Treinou ainda Fluminense, Botafogo, Grêmio, Palmeiras, Al-Ahly da Arábia Saudita e Flamengo. Como jogador atuou apenas no Fluminense, Guarani – SP, Madureira e Vasco da Gama, sendo ídolo até os dias de hoje no tricolor carioca. Foi ganhador do célebre prêmio Belfort Duarte, homenagem feita ao atleta que passasse dez anos sem ser expulso, tendo jogado pelo menos 200 partidas nacionais ou internacionais.

Possuía diversos apelidos, entre eles o de pé-frio, por conta das consecutivas derrotas com a seleção nas copas de 82 e 86, muquirana, por sua conhecida sovinice, e Mestre Telê, alcunha dada pela torcida do São Paulo. Mas um apelido em especial, acho que se encaixa mais na situação atual do Atlético Mineiro, e que coincidentemente foi dado pela torcida do Fluminense: fio de esperança.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Ontem e hoje


Publicado no blog PELEJAS em 20/09/2012

Todos nós, amantes do futebol, sabemos que qualquer encontro entre Brasileiros e Argentinos é sempre cercado de muita catimba, provocação e rivalidade, não apenas no futebol, mas também no basquete, gamão, ping-pong, dominó, arremesso de codorna ou qualquer outra coisa que o valha. Um exemplo típico dessa guerra de nervos que tornou-se Brasil e Argentina é o Superclássico das Américas, torneio jogado apenas pelas duas seleções mais fortes da América do Sul, e que voltou a ser disputado após alguns anos encostado.

Conhecido pelos mais velhos como Copa Roca – possuía esse nome por conta do seu criador, o então presidente argentino Julio Argentino Roca, com o objetivo de fortalecer a cordialidade esportiva entre as duas nações - o torneio aconteceu pela primeira vez em 1914 com vitória canarinho por 1 x 0 em Buenos Aires, gol de Rubens Salles, e garantiu a primeira taça da história para a seleção brasileira.

Como não havia uma periodicidade definida para as partidas da Copa Roca, os encontros não foram muitos, mas no somatório de todos eles o Brasil leva ligeira vantagem. São 23 jogos com 11 vitórias brasileiras, nove vitórias argentinas e apenas três empates. Além da taça de 1914, o Brasil ainda levou em 1922, 1945, 1957, 1960, 1963 e 1976. Já os hermanos ganharam em 1923,1939 e 1940. Aliás, 1939 foi o ano em que aconteceram mais partidas entre as seleções, em um total de quatro encontros. No ano de 1971 as duas seleções dividiram o título.  

Em 1976, último ano de disputa ainda com nome de Copa Roca, as partidas também valeram para a Copa Atlântico e contaram ainda com a presença de Uruguai e Paraguai, sendo que o Brasil venceu ambas. A partir daí, o torneio ficou parado e voltou a ser disputado somente em 2011, já com o nome de Superclássico das Américas e com novas regras, entre elas, a não convocação de jogadores que atuam na Europa por conta das partidas não estarem inseridas na chamada data Fifa, quando as seleções realizam amistosos ou jogam pelas eliminatórias da Copa do Mundo. Além disso, os jogos agora são disputados em formato de ida e volta, sendo uma na Argentina e outra no Brasil.

Um fato curioso envolvendo a Copa Roca foi a estreia de Pelé com a camisa da seleção brasileira em 1957. Então com apenas 16 anos, ele estava na reserva – sim, até ele já ficou no banco!!!! – no jogo do Maracanã em que o Brasil foi derrotado por 2 x 1. Mesmo assim, fez o único gol brasileiro naquela ocasião. Dias depois, agora no Paulo Machado de Carvalho, conhecido carinhosamente por Pacaembu, o menino fez o gol de abertura da vitória canarinho por 2 x 0, conseguindo assim, carregar sua primeira taça pela seleção.

Não apenas Pelé, mas grandes craques já jogaram o torneio por suas seleções. Friedenreich, Zizinho, Leônidas da Silva, Heleno de Freitas, Luisinho, Gerson, Rivelino, Tostão, Amarildo, Julinho, Almir Pernambuquinho e tantos outros pelo Brasil. Pela Argentina desfilaram craques do quilate de Labruna, Carrizo, Nestor Rossi, Fischer, jogador que atuou pelo Botafogo – RJ, Andrada, aquele do gol mil de Pelé, Menotti, que depois seria o técnico campeão mundial pela Argentina em 1978, Carlos Bianchi, também técnico supercampeão, Heredia, Pastoriza, Mario Kempes entre tantos. Ausência mais sentida pelos argentinos é Diego Maradona, que estreou pela seleção apenas em 1979, época esta em que o torneio estava parado. 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Destaques...


Postado no Blog PELEJAS em 11/09/2012

Assim como aconteceu em quase todas as rodadas até aqui disputadas, alguém saiu reclamando do apito na 21ª rodada do Brasileirão 12. Está certo que isso já virou rotina na vida de quem acompanha ou mesmo de profissionais da bola, que enxergam no homem de preto uma alternativa para desviarem o foco de uma partida horrível, uma escalação mal feita e até mesmo de um planejamento pouco pensado para a temporada.

Diversas são as situações em que o telespectador liga a televisão para acompanhar o noticiário esportivo, e os comentaristas estão focados em falar do juiz. Ouvi numa determinada rádio dia desses, após mais uma enxurrada de reclamações, que poderia haver uma mesa redonda de árbitros após as partidas, para tentar afastar o ranço que se há em relação à juizada. Na minha modesta opinião, pode ser uma alternativa. Mas, porque será que acontece isso? Vamos aos fatos!!!!

Jogo mais esperado da última rodada, Corinthians e Atlético – MG fizeram uma partida amarrada, truncada, muito falada e com muita reclamação. Como diriam alguns especialistas, foi uma partida muito interrompida pelo apito de Péricles Bassols que expulsou os corinthianos Emerson Sheik e Tite, e o atleticano Junior Cesar, segundo o próprio por “reclamações exageradas”. Além disso, anulou um gol do time mineiro que causou revolta no técnico Cuca, pois segundo a sua indicação havia acontecido um impedimento no lance, e depois disse aos jornalistas que tinha ocorrido uma falta na disputa de bola pelo alto. Juizão atrapalhado, hein?

Desta vez o “beneficiado” foi o time paulista, mas casos iguais já aconteceram com as duas equipes. Em jogo disputado na Vila Belmiro, o Santos bateu o Timão por 3 x 2 com o segundo gol santista em total impedimento. E pior, três vezes no mesmo lance!!!! Já o Galo foi a bola da vez em partida disputada no Engenhão contra o Fluminense, quando o centroavante Fred fez gol legítimo e o juizão apitou irregularidade no lance. Lamentável!!!! Isso sem falar das partidas dos times tidos como pequenos, pois aí já é sacanagem. Acho que quando o juiz erra não há problema, mas sim quando o juiz é safado, quer aparecer mais que os outros, bandeira querendo dar cartão, e por aí caminha a mediocridade...

Nos demais jogos, vacilos como o do São Paulo, que foi batido pelo Bahia por 1 x 0, gol do destaque baiano Gabriel e do Fluminense, que após estar vencendo o lanterna Figueirense por 2 x 0, deixou o time catarinense chegar ao empate, inclusive com um lindo gol de falta do zagueiro João Paulo. Aliás, como já havia antecipado o PELEJAS, os times da zona de rebaixamento, exceção feita a Palmeiras e Atlético - GO, parecem começar a reagir. Além dessa partida, o Figueira já havia dado muito trabalho ao Náutico nos Aflitos apesar da derrota por 3 x 2. O Atlético – GO perdeu suas duas últimas partidas contra Ponte Preta e Cruzeiro, e não vê perspectivas para escapar da zona da degola.

O Palmeiras ganhou apenas um ponto nos jogos contra a Portuguesa e Grêmio, e baixou o preço dos ingressos para a próxima partida contra o Sport no Pacaembu esperando o apoio do seu torcedor. Já o adversário ganhou do poderoso Santos e empatou com o Flamengo no Rio de Janeiro, e vai com tudo pra cima do Verdão atrás de outro bom resultado. O Bahia, outro que gosta de rondar a zona crítica do campeonato, bateu São Paulo e Santos e conquistou seis pontos importantes para prosseguir na série A.

Por fim o Coritiba, que parece que sentiu o golpe após as duas derrotas na Copa do Brasil e ainda tropeça muito no Brasileirão. Ganhou do Internacional – RS em casa pelo placar mínimo e perdeu do Botafogo por 2 x 0 no Engenhão em um jogo de dar sono!!!! Contratou o experiente David, que resolveu pular fora da bagunça chamada Flamengo, e sonha com dias melhores.