Publicado no blog PELEJAS em 08/11/2012
O Brasileirão 2012
ainda não está decidido, mas provavelmente, isso se o fim do mundo acabar não
acontecendo, deve tomar o rumo das Laranjeiras. E mais uma vez, o Clube Atlético
Mineiro ficará pelo caminho. Escrevo isso, pois é o que vem acontecendo desde
1971, ano do primeiro brasileiro realizado – os campeões brasileiros dos anos anteriores
saíam da Taça Brasil e da Taça de Prata - e do único título conquistado pelo galo.
Reconhecidamente um
dos maiores do país, o Atlético vem sofrendo há anos para conquistar algum
campeonato que realmente façam seus torcedores se orgulharem de vestirem seu
manto. Mas, assim como diversos outros times brasileiros, o galo vem de
administrações bastante turbulentas que culminaram em cofres vazios, atrasos de
salários, e consequentemente, times fracos. Para fechar com chave de ouro, o
Cruzeiro, maior rival dos atleticanos, vem montando equipes fortes e
conquistando diversos títulos nos últimos anos.
Após a chegada do
falastrão Alexandre Kalil à presidência, a situação melhorou um pouco, mas nada
que faça seus torcedores pularem de alegria. No campeonato brasileiro de 2010
ficou na 13ª colocação e no brasileiro de 2011 alcançou apenas a 15ª colocação.
Jogou a última rodada do campeonato brasileiro passado contra o Cruzeiro, e se
vencesse, rebaixaria o rival. Chance para ganhar novamente o apoio da torcida.
Mas, para colocar mais fogo no caldeirão, tomou de 6 e os jogadores acabaram
saindo escoltados do estádio Independência.
Esse ano, sem sombra
de dúvida, será o mais produtivo e com melhores resultados da década!!!! Apesar
do caneco não vir, o Atlético está classificado para a Copa Libertadores de
2013 e tem um elenco forte com Ronaldinho, Jô, Vítor, Réver, Bernard, Júnior
César e outros. Ainda não se sabe quem sai e quem chega, mas mantida a base ano
que vem pode ser bastante positivo. Talvez com esse time e o comandante do
primeiro título brasileiro, Telê Santana, o galo vivesse momentos melhores.
O mineiro Telê
Santana era de personalidade forte, exigia sempre muito dos atletas, tanto em
campo como fora dele, acompanhava tudo que o cercava, a ponto de, na época que
comandava o São Paulo, retirar do gramado em que treinavam os jogadores
tricolores fungos e larvas que matassem a grama, para que o “tapete” ficasse
perfeito.
Ficou marcado como
técnico de uma seleção brasileira que tinha no meio campo Sócrates, Zico,
Cerezo e Falcão e que acabou derrotada, tal era o ímpeto para vencer qualquer
adversário que aparecesse pelo caminho. Acabou sem o título com a amarelinha,
mas foi à forra com o São Paulo bi-mundial que tinha um timaço montado por ele
com Raí, Cafu, Palhinha, Muller e tantas outras feras.
Até hoje, Telê
Santana é o técnico que mais dirigiu o Galo em todos os tempos com 434 jogos. Treinou
ainda Fluminense, Botafogo, Grêmio, Palmeiras, Al-Ahly da Arábia Saudita e
Flamengo. Como jogador atuou apenas no Fluminense, Guarani – SP, Madureira e
Vasco da Gama, sendo ídolo até os dias de hoje no tricolor carioca. Foi
ganhador do célebre prêmio Belfort Duarte, homenagem feita ao atleta que
passasse dez anos sem ser expulso, tendo jogado pelo menos 200 partidas
nacionais ou internacionais.
Possuía diversos
apelidos, entre eles o de pé-frio, por conta das consecutivas derrotas com a
seleção nas copas de 82 e 86, muquirana, por sua conhecida sovinice, e Mestre
Telê, alcunha dada pela torcida do São Paulo. Mas um apelido em especial, acho
que se encaixa mais na situação atual do Atlético Mineiro, e que
coincidentemente foi dado pela torcida do Fluminense: fio de esperança.
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