segunda-feira, 13 de abril de 2009

Salvem as nossas crianças...


Realmente não sei o que acontece com as pessoas que perambulam por esse mundão de Deus, período difícil, crise, falta de oportunidades, excesso de drogas, ou apenas maldade. Puro e simples prazer de presenciar o sofrimento alheio, situação ainda mais nebulosa quando se trata de crianças. Elas são o estado mais puro de um ser humano, um carro novo, lataria reluzente, inovações tecnológicas, ainda não pegou os vícios do motorista, mas que com o tempo vai ficando velho, queima óleo, pneu gasto, lataria amassada - exatamente como nós seres humanos, ou seriam seres mundanos? - e não estão sendo tratadas como tal. Pais jogando os filhos pela janela, nos rios, esquinas, bares, deixando-os presos, prostituição infantil. Não pode haver crueldade maior do que essa, pois não é dado a elas oportunidade de desenvolvimento, de viver, respirar, sentir, amar, brincar, dormir, sonhar. Sou pai há pouco tempo, e se já não entendia isso antes de sê-lo, agora então é impossível. Fico com o coração partido de dar uma bronca, uma voz firme, uma recomendação. Quanto mais um tapa, um soco, uma coronhada, um beliscão que seja. E quanto mais os casos, menos punição, e mais indiferença. Os telejornais noticiam isso como se mostrassem a rodada do final de semana dos campeonatos regionais. Os apresentadores gritam, pedem punição, soltam jargões, mas nada de efetivo acontece. Estamos estragando, assim como já fazemos com a Mata Atlântica, a camada de ozônio, o respeito, a conversa, o abraço, o carinho, estamos jogando pelo ralo nossas crianças, nosso futuro. Com criança temos que amar, acariciar, beijar, abraçar, ensinar, educar, e quando algo de errado acontece, mostrar que foi equivocado, que não funciona daquela maneira, e corrigir. E não gritar, bater, expulsar de casa, trancar no porão. Que mundo é esse que ao invés do amor, do abraço, do afeto preferimos a dor, o horror e o terror, ganhando proporções estratosféricas se no caso estiver envolvida uma CRIANÇA...